Por Valter Assis / Escritor, Coach e Palestrante [valterassis@valterassiscoaching.com.br]
A insatisfação com o trabalho é um problema que afeta 72% dos profissionais, que apresentam características como falta de concentração e foco, produção reduzida e distração. Por outro lado, a insatisfação tem gerado o aumento da busca por novas oportunidades e mudanças de emprego. Nos últimos 5 anos, as pessoas estão mais abertas à novas escolhas, inclusive a mudanças radicais de carreira, conforme indica a pesquisa realizada pelo LinkedIn com mais de dez mil profissionais que mudaram de empresa entre dezembro de 2014 e março de 2015.
As causas que mais evidenciam a migração estão relacionadas com a supervisão direta ou com a diretoria, e com a cultura e os valores das organizações. O que se percebe é um desalinhamento e desencontro de propósitos, ou até mesmo, a falta de propósitos. A busca por estilos eficazes de gestão de pessoas passa a demandar líderes como coaches com feedbacks constantes e de acordo com os anseios das novas gerações.
Em um mundo mais complexo, estudar, trabalhar e desfrutar passam a ser necessidades simultâneas, e os profissionais só encontram sentido na vida se conseguirem colocar em prática o que desejam SER através do trabalho que atenda suas expectativas de visão de futuro, cultura corporativa, além de melhor compensação e benefícios. É aí que entra o papel principal de um verdadeiro líder:
Podemos dizer que, com base em nossa experiência profissional, observamos que muitas técnicas de liderança e de conduta estão mais atuais do que nunca, por tratarem de questões que envolvem a essência do ser humano. Trata-se de engajar, reter e estimular colaboradores a se tornarem empreendedores de melhores resultados dentro da organização.
Colaboradores como Agentes Livres
O que se faz necessário é a definição de um novo acordo entre colaboradores – empresários, construído com alianças temporárias e de reciprocidade. Como exemplo, podemos citar a comunidade de alta tecnologia do Vale do Silício, na vanguarda do tema, com inovações científicas e tecnológicas nos setores de eletrônica e informática.
Estímulo ao Empreendedorismo Interno
É preciso levar em conta também o crucial investimento da empresa no empreendedorismo como fator preponderante da empregabilidade e engajamento de seus trabalhadores. No atual cenário competitivo, esse tipo de estratégia pode ser um grande diferencial para ajudar a empresa a contratar talentos que irão suportar o sucesso da organização.
Os gerentes mais ativos no Vale do Silício já compreenderam que um dos principais responsáveis pelo aumento da retenção de pessoas é o encorajamento do empreendedorismo interno. Muitos estão se beneficiando dos relacionamentos com trabalhadores que deixaram a organização por outras oportunidades de trabalho, sem que com isso, se perca o acordo de possíveis parcerias que ajudam organizações a garantirem um futuro de sucesso.
Entretanto, é preciso levar em conta que, a adoção desse modelo de trabalho vai requerer o abandono de velhas crenças sobre retenção de talentos para enxergar os ganhos a médio e longo prazo, quando se coloca o crescimento das pessoas à frente do sucesso organizacional a curto prazo.